Beijo 15
Era uma vez um beijo muito sapeca que era um beijo de criança que não tinha crescido direito.
Ele gostava muito de beijar e sempre sem compromisso. O beijo via um moça bonita e pá, beijava no rosto.
Via uma mulher de chapéu e tá, outro beijo. Via as normalistas vindo da escola e dá, dá, dá, dá, dá, dá, dá, beijava todas.
A filha do padeiro, beijava na boca. A balconista da farmácia, beijava na testa. A moça que lia livros na praça, ele beijava na orelha quando ela estava distraída.
Um dia a Gisele Bündchen chegou na cidade. O beijo ficou louco de vontade de beijar! Ele não pensava em outra coisa. Como ele era, além de sapeca, um
beijo muito manjado, a Gisele reforçou a segurança. Ele teve que bolar um plano. Resolveu ficar escondido atrás de uma árvore do parque onde ela ia
passar, na hora agá ele pá, beijava.
Ele ficou esperando, esperando, até que ouviu ela se aproximando. Então, de repente com um vento, ele pula de trás da árvore e dá um enorme beijo, um beijo na boca, longo e molhado. Um beijo errado, pois na afobação beijou a Vida, a cachorrinha da Gisele.
Bem-feito para o beijo.