As princesas mortas do Barão Edmundo
Em 1898 o jovem Barão de Sorocaba, Edmundo Esculápio de Freitas, conclui seus estudos de medicina histórica na Universidade do Algarve.
Incentivado pelos colegas, após uma calorosa discussão com o reitor sobre sua tese “A importancia dos grampos de cabelo na medicina histórica”, o temerário Barão invade a reitoria a fim de atazanar o reitor.
Lá encontra o reitor a beira da morte devido a uma congestão e este, em seu último suspiro, revela ao Barão como abrir um compartimento secreto em sua escrivaninha onde ele guarda importantes informações que ele não deseja que caiam em mãos erradas. Nesse compartimento o Barão encontra a agenda antiga do reitor onde ele relata detalhes de sua busca infrutífera pelas Princesas Mortas.
A partir desse momento a vida do Barão se transforma. Nada mais importava para ele. Tomado de culpa pela discussão que ele acreditava havia levado o reitor a ter a fatídica e mortal congestão e também de curiosidade pela história das princesas, ele decide deixar de lado sua promissora carreira de médico histórico e mergulhar de cabeça no árduo trabalho de encontrar essas famosas princesas com o intuito de preservar a memória do reitor.
Com o passar do tempo o próprio Barão esqueceu o reitor, que é ainda nos dias de hoje uma figura misteriosa para a humanidade. Tudo o que sabemos sobre ele é que era alérgico a frutos do mar, verdadeiro motivo de sua congestão mortal, e que se chamava Paulo Roberto.
Já as princesas ressurgiram para a vida através das grandes descobertas do Barão Edmundo que ao longo de sua estudiosa e aventureira vida conseguiua proeza de juntar não apenas sete princesas como também relíquias e importantes informações sobre suas mortes.
A coleção do Barão Edmundo foi adquirida pelo patrono do Circo Blandollo, que insiste em permanecer incógnito devido a questões com o imposto de renda, depois de exaustivas negociações com os herdeiros do Barão e agora faz parte do acervo de atrações permanentes deste circo.